A Trajetória da Banda Sepultura

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Fundada em 1984, em Belo Horizonte, Minas Gerais, a banda Sepultura é um dos maiores ícones do heavy metal mundial. Com uma carreira que já dura mais de três décadas, a banda se consolidou como uma das mais influentes do gênero, levando o nome do Brasil a todos os cantos do planeta.

A história do Sepultura começou com os irmãos Max e Igor Cavalera, que, inspirados por bandas como Black Sabbath, Motörhead e Slayer, decidiram formar uma banda de metal. O nome "Sepultura" foi escolhido após Max traduzir a letra da música "Dancing on Your Grave" do Motörhead para o português. Com a entrada do guitarrista Jairo Guedz e do baixista Paulo Jr., a primeira formação da banda estava completa.

Os Primeiros Anos e o Álbum de Estreia

Em 1985, o Sepultura lançou seu primeiro EP, "Bestial Devastation", em conjunto com a banda Overdose. No ano seguinte, veio o primeiro álbum completo, "Morbid Visions", que continha a clássica "Troops of Doom". Apesar da baixa qualidade de gravação, o álbum chamou a atenção da cena underground e pavimentou o caminho para o crescimento da banda.

Em 1987, Jairo Guedz deixou a banda e foi substituído por Andreas Kisser. Com essa nova formação, o Sepultura lançou "Schizophrenia", um álbum que marcou a transição do death metal para um som mais thrash. O álbum foi bem recebido e atraiu a atenção da gravadora Roadrunner Records, que assinou com a banda e lançou "Beneath the Remains" em 1989.

Ascensão Internacional e Ápice Criativo

"Beneath the Remains" foi um sucesso instantâneo, levando o Sepultura a uma turnê mundial. Com letras sombrias e riffs agressivos, o álbum é considerado um clássico do thrash metal. O sucesso continuou com "Arise" (1991), que consolidou a banda como uma das líderes do movimento thrash.

Em 1993, o Sepultura lançou "Chaos A.D.", um álbum que expandiu os horizontes musicais da banda, incorporando elementos de groove metal e influências de música brasileira. Faixas como "Refuse/Resist" e "Territory" tornaram-se hinos do metal e marcaram o início de uma nova era para a banda.

O ápice criativo do Sepultura veio em 1996 com "Roots". Este álbum, que incorporou elementos de música indígena brasileira e ritmos tribais, foi um marco na carreira da banda. Faixas como "Roots Bloody Roots" e "Attitude" são exemplos da fusão única de estilos que tornou o Sepultura mundialmente famoso.

A Saída de Max Cavalera e a Nova Fase

Em 1996, após a turnê de "Roots", Max Cavalera deixou a banda devido a divergências internas e formou a banda Soulfly. A saída de Max foi um golpe duro para o Sepultura, mas a banda decidiu continuar. Derrick Green foi escolhido como novo vocalista e a banda lançou "Against" em 1998.

A nova fase do Sepultura com Derrick Green foi marcada por uma diversificação no som da banda, incorporando influências de hardcore, punk e até mesmo música eletrônica. Álbuns como "Nation" (2001), "Roorback" (2003) e "Dante XXI" (2006) mostraram que o Sepultura estava disposto a experimentar e evoluir musicalmente.

O Legado e a Relevância Contemporânea

Mesmo após várias mudanças de formação, o Sepultura continuou a lançar álbuns aclamados pela crítica e a se apresentar em grandes festivais ao redor do mundo. "Kairos" (2011) e "The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart" (2013) são exemplos de como a banda se manteve relevante e inovadora.

Em 2020, o Sepultura lançou "Quadra", um álbum que recebeu elogios por sua complexidade e diversidade musical. A banda continua a ser uma força poderosa no cenário do heavy metal, inspirando novas gerações de músicos e fãs.

O legado do Sepultura é indiscutível. Como pioneiros do metal brasileiro, a banda abriu portas para inúmeras outras bandas do gênero no país. Sua música, marcada por uma mistura de agressividade, inovação e raízes culturais, continua a ressoar com fãs ao redor do mundo.

Em suma, o Sepultura é uma banda que transcendeu barreiras e se estabeleceu como um dos nomes mais importantes do metal mundial. Sua jornada, repleta de altos e baixos, é um testemunho de perseverança, criatividade e paixão pela música. E, enquanto houver headbangers ávidos por riffs poderosos e letras profundas, o Sepultura continuará a reinar supremo no panteão do heavy metal.


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